Uma descarga elétrica, por favor! Meu coração enguiça só de ler o seu nome. Pílulas de autoestima para engolir de oito em oito segundos. Injeções de vergonha na cara. Removam aquelas noites da minha pele no grito, no tapa, na chacoalhada. Belisquem a minha burrice nove vezes, de cabeça pra baixo. Bife cru nos hematomas do meu amor próprio.
Nossa biópsia teve diagnóstico: relação maligna. A distância se amarrando ao tempo, como último recurso de uma cura. Nós em coma por muitas semanas, para que a sanidade combatesse a fantasia que criei. A eutanásia de um amor nunca devolvido.
Você não infecta mais a minha tranquilidade. Meus anticorpos, as recordações daqueles meses, abortando suas aproximações impulsivas e vazias. Boa notícia. Achei que morreria de você.
O silêncio que você me receitava era dor aguda, menstruando em todas as linhas que um dia escrevi. Sua indiferença intoxicava a minha cabeça com qualquer poltrona vazia no cinema, qualquer beijo público que eu era obrigada a suportar, qualquer copo da cerveja mais vagabunda, que você enxertava como sua única necessidade.
Aos romances sufocados pela vaidade de alguém, aos corações em estado de choque, aos relacionamentos natimortos: meu coração cicatrizado (mas com queloide).
Texto retirado do site Casal sem vergonha.
Hoje, esse texto era tudo o que eu queria poder expressar em palavras.
Uma descarga elétrica, por favor! Meu coração enguiça só de ler o seu nome. Pílulas de autoestima para engolir de oito em oito segundos. Injeções de vergonha na cara. Removam aquelas noites da minha pele no grito, no tapa, na chacoalhada. Belisquem a minha burrice nove vezes, de cabeça pra baixo. Bife cru nos hematomas do meu amor próprio.
Não tem mais febre no rosto, quando você chega. Não tem mas arritmia, quando você fala comigo as mesmas palavras; o mesmo discurso; a mesma mentira; o mesmo eu, eu, eu. Não tem mais pontos frouxos do coração esgarçados pelo som da sua voz turista. Não tem mais tentativa de anestesiar o desconforto com embriaguez crônica e muita mão no copo ou no bolso ou no cigarro que tentei fumar; e luz fraca, para que você não radiografasse meu amor hemorrágico. Não tem mais o seu sorriso contaminando as minhas decisões.
O silêncio que você me receitava era dor aguda, menstruando em todas as linhas que um dia escrevi. Sua indiferença intoxicava a minha cabeça com qualquer poltrona vazia no cinema, qualquer beijo público que eu era obrigada a suportar, qualquer copo da cerveja mais vagabunda, que você enxertava como sua única necessidade.
Aos romances sufocados pela vaidade de alguém, aos corações em estado de choque, aos relacionamentos natimortos: meu coração cicatrizado (mas com queloide).
Texto retirado do site Casal sem vergonha.
Hoje, esse texto era tudo o que eu queria poder expressar em palavras.
Nossa biópsia teve diagnóstico: relação maligna. A distância se amarrando ao tempo, como último recurso de uma cura. Nós em coma por muitas semanas, para que a sanidade combatesse a fantasia que criei. A eutanásia de um amor nunca devolvido.
Você não infecta mais a minha tranquilidade. Meus anticorpos, as recordações daqueles meses, abortando suas aproximações impulsivas e vazias. Boa notícia. Achei que morreria de você.
O silêncio que você me receitava era dor aguda, menstruando em todas as linhas que um dia escrevi. Sua indiferença intoxicava a minha cabeça com qualquer poltrona vazia no cinema, qualquer beijo público que eu era obrigada a suportar, qualquer copo da cerveja mais vagabunda, que você enxertava como sua única necessidade.
Aos romances sufocados pela vaidade de alguém, aos corações em estado de choque, aos relacionamentos natimortos: meu coração cicatrizado (mas com queloide).
Texto retirado do site Casal sem vergonha.
Hoje, esse texto era tudo o que eu queria poder expressar em palavras.
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