Um texto impossível de não gostar

“Amy era apenas mais uma garota normal, pelo menos, era isso o que ela tentava se convencer todas as noites antes de se deitar. Desde que havia sido abandonada pelos pais, ficando apenas pelos cuidados de sua avó Maria que já era velha e não havia tantas condições para cuidar de uma garota daquela idade, mas que, mesmo com todas as barreias e preconceitos acolheu ela perfeitamente bem. Amy frequentava a igreja todos os sábados com sua avó e fez muitos amigos por lá, sim amigos, Amy nunca teve uma amiga para passear no shopping, contar seus segredos e fofocar sobre garotos, sua melhor amiga era sua avó. Era sempre antes de dormir que Amy tinha o seu mais profundo pensamento e desejos e alguns até bem clichês como - viajar pelo mundo, fazer uma tatuagem, fazer novas amizades, ser independente e encontrar o amor. O amor, aquele que tinha sido tão traiçoeiro com ela desde os seus primeiros passos. Mas mesmo assim Amy não desistiria de procurá-lo. Ela sabia que um dia encontraria alguém que seria a melhor companhia em todas as horas e ocasiões, e que seria seu melhor amigo e a conheceria mais do que ela mesma. Amy não desistiria de procurar, não importa o que acontecesse ela nunca iria desistir, pelo menos era isso o que ela pensava até encontrar Pietro. Um menino bonito aos olhos de qualquer um e que parecia ser um verdadeiro cavalheiro. Pietro assim que a viu ficou encantando e logo pediu o numero de seu celular, Amy não via o porquê de dizer não, apos alguns encontros Amy achava que havia encontrado tudo o que ela havia sonhado para ela Pietro era o cara certo, tudo estava indo rápido de mais e intenso de mais, mas, nenhuns dos dois se importavam, pois, estavam extremamente felizes. Com o passar do tempo Amy havia feito uma tatuagem e encontrado uma amiga, tudo fluía perfeitamente bem, ela tinha deixado a casa da avó para morar com o atual “meio marido”, pois ela e Pietro nunca se oficializaram como marido e mulher. Em um dia Amy descobriu que estava gravida, ela não acreditava que tudo o que sonhou estava realmente acontecendo. 3 meses depois Amy perde o filho, como? Aborto, mais não um aborto qualquer, ela avia sido espancada por Pietro até perder seu filho. Quando Amy finalmente se tocou, ela não tinha mais ninguém ao seu lado, havia largado tudo e todos para se dedicar ao o que ela jurava ser o homem de sua vida, Amy não ia mais a igreja e nem rezava mais antes de dormir, tinha largado a escola pelo ciúmes obsessivo do namorado e não tinha mais contato com a avó e os amigos que tinha. Amy estava presa em um pesadelo e já não fazia ideia de como espanta-lo, ela não sabia o que fazer e nem para onde ir, pois, tudo o que tinha - ou achava que tinha - era Pietro. Amy decidiu deixa-lo e voltar para a casa de sua avó. Mas Pietro e seus atos covardes não a deixaram seguir em frente, Pietro sempre estava ali, atormentando-a, perseguindo-a, apenas esperando a primeira recaída de Amy. Por meses ela fez promessas de não vê-lo novamente, de não cair em suas mentiras, todas em vão. Por mais que Amy tentasse nunca conseguia se libertar de Pietro e nem esquece-lo. Sempre voltava ao seu passado. “Talvez isso seja amor”; “Talvez isso seja a minha história de amor” ela se forçava a acreditar. Afinal ela nunca tivera sorte na vida e no amor não seria diferente. “Será que é possível alguém fingir um sentimento tão profundo por alguém? Alguém fingir uma vida? será que ele nem por um minuto pensou em meus sentimentos?” - Amy se perguntava. Talvez ambos tenham criado essa situação, Amy fazendo e aceitando tudo o que Pietro fazia ou falava, esquecendo-se de amar a si mesma. Amor próprio? Amy já nem sabia mais o que isso significava. Foi ai que Amy se tocou, “Em que momento da minha vida eu deixei de cuidar de mim? Deixei de ser quem eu era para agradar uma pessoa, que nem se quer me amava? A quanto tempo eu estou perdida?” Amy se tocou que, não, sua vida há alguns anos atrás não era perfeita, mas era tudo o que ela precisava. Amy agora corre atrás de todos os seus prejuízos, ela voltou a estudar e a cuidar de si. E seu coração? Bom, ele agora esta no topo de uma montanha, trancado a sete chaves, e só o abrirá para aquele que conseguir completar todo o percurso até ele. Afinal…”

—	Não precisamos de um príncipe para ter o nosso final feliz, Larissa Krause.